Resenha: Onde a Floresta Encontra as Estrelas, de Glendy Vanderah

Após a perda de sua mãe e sua própria batalha contra o câncer de mama, Joanna Teale retorna à sua pesquisa de pós-graduação na zona rural de Illinois, determinada a provar que suas dificuldades recentes não a quebraram. Ela se entrega ao trabalho do crepúsculo ao amanhecer, até que sua rotina solitária é interrompida pelo aparecimento de uma criança misteriosa que surge em sua cabana descalça, maltrapilha. A garota se autodenomina Ursa e afirma ter sido enviada das estrelas para testemunhar cinco milagres.

Uma surpresa extremamente agradável


Tirando o fato do livro mencionar um acidente aéreo nos Andes (uma semana antes da minha viagem ao Peru), o livro me surpreendeu positivamente. Eu comecei a ler apenas porque o título e a capa do livro me chamaram a atenção e confesso que, no início, a leitura não faz muito sentido.

Você se pega se questionando se acredita ou não na garotinha misteriosa, Ursa. E se ela realmente estiver falando a verdade? Cheguei a cogitar ser um livro espírita (é sério) mas, no fim, posso garantir pra você que este não é o caso. Não que a história de Ursa não seja verdade, eu não vou estragar o plot twist do livro te contando o que é verdade e o que não é - mas não é um livro espírita! haha

Jo, a personagem principal que acompanhamos na narração, é uma mulher forte e até um pouco carrancuda no início do livro. Fechada para o mundo, com olhos apenas para os pássaros que estuda. Com a aproximação de Ursa, ela começa a perder essa barreira de proteção progressivamente, de maneira que nós, leitores, mal possamos perceber. E, quando você percebe, está totalmente envolvido com Jo e Ursa.

Em contrapartida, conhecemos o Gabe. Sujeito inicialmente sem sal, sem graça, não parece que terá um envolvimento importante na história, até que boom isso acontece. Não posso dar muitos spoilers aqui, mas é tão gostosinho acompanhar a relação se desenvolvendo... 

É o tipo de livro que, quando mais para o final você chega, menos a chance de você conseguir dormir cedo. Falo por experiência: quando vi a porcentagem perto dos oitenta em meu kindle, com tudo o que estava acontecendo, decidi que iria terminar de ler naquela mesma noite. Fui dormir tarde demais? Sim. Acordei um trapo? Acordei. Me arrependi? Definitivamente não!

A escrita de Glendy é extremamente agradável, sem repetição de palavras, sem informações desnecessárias, profunda o suficiente para você imaginar todas as cenas e vago o suficiente para não deixar a leitura maçante.

Descobri que a autora tem mais dois livros - um traduzido para português (não tenho certeza se é pt-BR) e outro ainda não traduzido. Vou procurar ler ambos assim que puder!


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