Roteiro completo para 2 dias em Nova Veneza, SC

 

  

A estrada e a chegada em Nova Veneza

Esse é um roteiro de dois dias em Nova Veneza, SC baseada em uma viagem que fiz com o Marco e alguns amigos!

A viagem da nossa cidade até Nova Veneza levou em torno de quatro horas. No caminho, paramos apenas para necessidades fisiológicas, porque tínhamos levado bastante comida (sanduíches e frutas para quem ficasse com fome no caminho).

A estrada não era ruim e as paisagens do interior de Santa Catarina são de tirar o fôlego, mesmo que não tenhamos tido muitas horas de sol no final de semana que fizemos a viagem.


  

Primeiro dia em Nova Veneza, SC

Chegamos perto do meio dia já com muita fome, então, a primeira parada foi na Rua Coberta de Nova Veneza - o centro da cidade. Não é uma cidade muito grande, os moradores são extremamente receptivos e não tivemos medo de assalto ou impressão de falta de segurança em momento algum. No centro, além de decidir onde iríamos comer, também conseguimos visitar duas atrações gratuitas da cidade, que ficam bem pertinho: a Ponte dei Morosi e a Gôndola Lucille.

A Ponte dei Morosi é uma passarela, que no dialeto vêneto significa Ponte dos Namorados, é uma alusão à primeira ponte de madeira construída em 1936. A romântica ponte foi ponto de encontro de várias gerações e até hoje as pessoas colocam cadeados para simbolizar o amor eterno com seus pares românticos ou familiares - vimos um de mãe e filha muito lindinho.

A Gôndola de Nova Veneza (ou Gôndola Lucille) chegou em 2006 e foi um presente do Governo Vêneto como forma de aproximar os laços entre Veneza, na Itália, e Nova Veneza, no Brasil.

Existem apenas quatro gôndolas doadas oficialmente pelo governo de Veneza, na Itália: uma em Toronto, no Canadá; outra em São Petersburgo, na Rússia; a terceira em Pequim, na China; e a quarta em Nova Veneza, Santa Catarina, Brasil, que completou 10 anos em solo brasileiro em 2016 e foi um dos motivos pelos crescimento do turismo no município. A gôndola, de nome Lucille, chegou em 2006. Foi utilizada nos canais de Veneza antes de ser doada e é 100% artesanal, fabricada por um canteiro que tem mais de 700 anos e simboliza uma aproximação entre as cidades.

A Gôndola Lucille fica em um lago artificial no centro da cidade, na Praça Humberto Bortoluzzi e é totalmente gratuita. Você pode simplesmente sentar nela para tirar quantas fotos quiser.


  

A tarde do primeiro dia em Nova Veneza, SC

Optamos por almoçar no Alpino Restaurante (fotos acima), que oferecia uma sequência de galeto com massa e acompanhamentos muito gostoso. O ambiente também era tipicamente decorado e trazia algumas pinturas lindas de Veneza. Atendimento espetacular, e foi lá que recebemos uma indicação de onde ir no na parte da tarde: na Barragem do Rio São Bento, que fica próximo da cidade (levamos uns trinta minutos para chegar).

Antes de partir para a cidade, eu queria muito provar um sorvete italiano. Ao lado da Rua Coberta, encontramos a Gheppo, com sabores variados e muito gostosos. Comer sorvete nunca mais foi a mesma coisa depois de provar os famosos gelatos. Optei por pegar um gelato de iogurte e outro de pitaya e ambos eram incrivelmente deliciosos (fotos abaixo).

É claro que cada um de nós pegou de sabores diferentes para que pudéssemos provar outros sabores, né? Mas duvido que algum deles possa ser ruim. É muito bom.


  

Quase fomos barrados na visita à Barragem do Rio São Bento

A história de como chegamos à barragem é bastante engraçada. Colocamos no Google Maps e acabamos chegando em um portão fechado com uma placa que dizia Acesso Restrito. Não entendi o motivo e vi que tinha um interfone, pois logo fui até lá conversar porque, como dizia a minha avó, quem tem boca vai à Roma.

Depois de conversar com o recepcionista, descobrimos duas coisas importantes: o acesso por aquele portão realmente era restrito a visitas universitárias ou empresariais e, em segundo, era o acesso dos trabalhadores da Casan, empresa que mantém a barragem. No entanto, talvez por pena ou empatia com a gente, deixaram que a gente entrasse por dez minutinhos - não façam isso, crianças. Façam o caminho correto e entrem pelo lado turístico!

A visita é incrível. Conseguimos ver a igreja submersa, que posteriormente descobrimos a história (e eu já contei sobre ela aqui no blog!) e a vista é incrível. Foi lá onde tirei a foto do meu Celtinha que está no Instagram (eu sou verdadeiramente apaixonada naquela foto)! Com certeza uma parada imperdível para quem visitar a cidade.


  

Não vá embora sem provar uma verdadeira pizza

Depois da aventura na Barragem em Siderópolis, foi momento de escolher onde jantar. É claro que eu, como qualquer outra pessoa em sua plena consciência, queria provar uma pizza italiana. Confesso que não foi tão italiana assim, porque haviam sabores extremamente variados e, dentro do meu conhecimento sobre a cultura, eles não gostam muito de variar.

No entanto, isso não foi motivo de reclamação - os sabores eram absurdamente deliciosos. Nunca comi pizzas tão gostosas, nem mesmo em minha experiência com as pizzarias famosas de Gramado, RS. A pizzaria que escolhemos foi a Casa do Chico, que fica perto da Rua Coberta, na Praça Humberto Bortoluzzi.

Ficamos com muito medo do valor. Principalmente quando entramos e vimos que as mesas estavam postas com taças e o ambiente era bastante chique. Como jovens assalariados, o bolso chegou a vibrar! Quase que as carteiras saíram correndo.

Mas calma: o preço nem era lá tão exorbitante. Na verdade, é o preço de algumas pizzarias daqui da cidade. Dependendo do grupo de sabores escolhidos para a sua pizza (não lembro dos nomes, mas eram três grupos: os tradicionais, os especiais e os mais especiais) o valor da pizza grande variava de R$ 80 a R$ 120.

Lembro que comemos duas pizzas grandes divididas entre dois sabores cada uma delas e conseguimos comer quarto pedaços de pizza cada um e ninguém ficou com fome - os pedaços eram generosos. Eu não vou conseguir lembrar o nome dos sabores, porque eram bem específicos e alguns em italiano, mas uma das pizzas era com pêra, nozes e mel (um verdadeiro espetáculo) e outra que se destacou foi uma com queijo brie - eu realmente não lembro o nome delas.

A pizzaria contava com ingredientes de alto nível como queijo de búfala, filé mignon, shimeji, shitake, prosciutto e uma incrível cartela de vinhos - que não pude provar, pois estava na direção.

O atendimento do lugar é excepcional. Os garçons estão sempre acompanhando a mesa e conferindo se você quer mais um pedaço de pizza - e eles mesmos o servem, ou se quer algo mais para beber. O atendimento de todos os lugares que fomos é equivalente ao atendimento que recebemos em Gramado. Impecável.


  

Segundo dia em Nova Veneza, SC e uma aventura subindo a Serra do Rio do Rastro

Passamos a noite em um Contâiner que encontrei no Booking e foi uma experiência maravilhosa. O contâiner ficava na cidade ao lado e tinha uma vista linda. Mesmo distante, o caminho até Nova Veneza levava apenas uns vinte minutinhos.

Saímos logo cedo pela manhã para uma visita rápida à Serra do Rio do Rastro e sim, o meu Celtinha subiu bravamente a estrada, mesmo com três pessoas dentro do carro! Teria subido tranquilamente em terceira marcha se não houvesse uma SUV andando a vinte por hora na frente dele. Ah, pelo amor de Deus, jamais tente ultrapassar ao subir a Serra do Rio do Rastro! A visibilidade é péssima e a estrada é pequena.

Infelizmente pegamos muita neblina. Tanto na subida, quanto no tempo em que ficamos lá, quanto na descida. A ideia era comer algo por lá, mas infelizmente era cedo demais (parece que as coisas por lá começam a funcionar depois das 9, 10 horas da manhã) e não pegamos nada aberto, apesar de ter restaurantes e lojinhas que poderíamos ter aproveitado.

Mesmo com a visão assim, vale a pena a experiência, principalmente se você gosta de dirigir como eu. Apesar da pouca visibilidade, a sensação de conseguir chegar e de estar lá em cima é incrível.


  

Almoço buffet baratinho, passeio de Gôndola e trilha para o mirante

O Aguaí Santuário Ecológico fica há alguns minutos da cidade, depois de pegar uma estrada de chão um pouco chatinha (cuidado com os buracos). Ele conta com atividades como passeio de gôndola, pedalinho, caiaque, trilhas e estruturas de pedra que parece uma verdadeira viagem no tempo.

Acho importante mencionar que o parque possui a menor Igreja das Américas, com estrutura  estilo medieval, medindo apenas 4,24 metros quadrados. É denominada Igreja São Francisco de Assis. Também havia um museu, dedicado a preservar e exibir peças e equipamentos utilizados historicamente pelos agricultores locais. Uma grande coleção de ferramentas, máquinas agrícolas, objetos do dia a dia... Mas ainda estava inacabado quando visitamos.

A trilha que visitamos era extremamente bem sinalizada, a estrada bastante ampla e nos levava até um mirante. Neste mirante, conseguimos ter outro ponto de vista do Rio São Bento, que já tínhamos conhecido na visita à Barragem do dia anterior.

Optamos por comer no restaurante do parque, e o cardápio do almoço é galinha ensopada, polenta, fortaia, costelinha de porco, carne de gado ensopada com molho ao vinho, dois tipos de massas, nhoque, minestra, aipim, carne moída, queijo colonial, torresmo, salame, arroz, saladas e sobremesas (bem variadas e deliciosas).

Também há opção de ir tomar um café colonial na parte da tarde, onde há diversos itens doces e salgados, entre eles, bolo de chocolate, bolo de cenoura, bolo de laranja, torta alemã, pamonha, toalha felpuda, bolo de milho, torta de banana, toucinho do céu, pão integral, pão caseiro, torta de limão, banoffe, torta fria, torta salgada, misto de forno, pizza, panqueca de carne, panqueca de queijo, torresmo, salame, queijo, sopa... O local avisa que alguns itens podem ser substituídos de acordo com demanda e época do ano.

Quando você opta por almoçar no local, não paga o ingresso da visitação e tem acesso a todo o parque - ou seja, pagamos apenas R$ 40,00 por pessoa para um buffet livre (muito, mas muito gostoso) e ainda conseguimos participar de várias atividades que estavam inclusas. Algumas eram pagas a parte, mas nada exorbitante. 


  

Vinícola Borgo e lembrancinhas para quem gosta de álcool

Não podíamos deixar de visitar a Vinícola Borgo, não apenas porque a vinícula foi construída em um verdadeiro castelo (é pequeno, mas ainda sim é um castelo), mas porque eu precisava levar uma lembrancinha para o meu pai. E ele é um verdadeiro fã de bebidas alcoólicas.

No coração do castelo, a loja da vinícola oferece uma pequena amostra gratuita dos vinhos e licores. Embora não exista um tour guiado formal, é possível passear livremente pelo castelo, que possui estruturas e objetos antigos. Também subimso até o terraço da torre para apreciar a vista panorâmica da região - lindo!

Para o meu pai, escolhi um destilado feito de butiá, que quem provou e aprovou foi o Marco - novamente, a motorista não podia botar um gole de álcool na boca e tive que confiar na opinião dos meus acompanhantes de viagem! Mas todos gostaram do que provaram.


  

A visita à Nova Veneza foi incrível e sabemos que ainda teria muito mais para conhecer na cidade. Talvez se conseguíssemos mais dois dias teríamos conseguido visitar todas as atrações. No entanto, todas as escolhidas foram certeiras e, mesmo se pudesse mudar, faria o mesmo roteiro novamente.

Finalizo esse post com a vista incrível do pôr do sol nos contâiners onde ficamos em Siderópolis.


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