Resenha: A Crisálida Dourada, de Helena Lopes

 Nome: A Crisálida Dourada

 Autor: Helena Lopes

 Editora: Cabana Vermelha

 Páginas: 665

 Instagram da autora

 Sinopse: Kalina Ferborne precisa sobreviver à noite. Precisa sobreviver à Floresta e todos os herdeiros que, com toda e absoluta certeza, tentarão matá-la. Pois o poder de Campeia é reservado para os homens que lutarão contra os monstros que, por mais de cem anos, atacam as fronteiras do reino. Não para ela.
Mas ela o toma mesmo assim, com dentes e garras.
Para sobreviver, para salvar a sua família.
E com o número de inimigos crescendo, ela se vê alvo de alguém que achou há muito estar morto:
Zyon DeJames – O Representante do Bastardos, o homem mais poderoso do reino.
O mesmo que ela tentou salvar de uma morte dolorosa anos antes.
O mesmo que nunca soube seu nome.
Até agora.

Resenha

Uma romantasia pra lá de incrível! Eu confesso que o primeiro capítulo é um pouco confuso, como acho que quase todos os livros de fantasia são. Você ainda não entende a sociedade, o mundo, as regras do universo que está lendo, e leva dois ou três capítulos para finalmente compreender. Mas isso não é ruim, pelo contrário. A Helena nos conduz pela história com maestria.

O mundo de A Crisálida Dourada foi amadiçoado por uma mulher amargurada em busca de vingança, que condenou a humanidade a combater monstros horrendos pela eternidade. A personagem principal, Kalina, é destinada a quebrar essa maldição - mesmo que ela tenha passado a infância aprendendo a ser uma dama. Aprendeu a bordar, costurar, dançar... Mas jamais a segurar em uma espada ou se defender.

Tudo o que Kalina deveria fazer é casar-se com um homem de posses para tirar sua família da pobreza e das dívidas. No entanto, o destino tem planos diferentes para ela, e a fará passar por diversas provações para prepará-la para o futuro inevitável. Kalina está disposta a passar pelo que for necessário para salvar sua família e dar um basta na eterna batalha contra os monstros.

Em contrapartida, ela se vê apaixonada por Zyon. Aí está, você estava esperando por ele, certo? O grumpy cat com um passado triste que comete atrocidades para as quais você irá passar o seu pano rosa com glitter. Eu sei, eu também esperava. Ele foi servido de bandeja para nós e, devo dizer, a Helena caprichou, viu?!

Eu não sou fã de dark romance, e devo dizer que não consideraria Zyon um protagonista válido para uma história dark. Ele é leve. Tem um passado sombrio e uma atitude meio grosseira, mas é leve comparado às histórias de dark romance das quais ouvi falar por aí (Só ouvi falar, porque não gosto e não leio. Obrigada, livre arbítrio literário!).

É importante destacar que este é um livro com cenas eróticas explícitas. Mas você não seria pego de surpresa, porque a autora fez questão de deixar uma lista de avisos logo nas primeiras páginas. Se você é sensível a algum tema dessa lista ou apenas não gosta (e você tem total direito de desgostar de algumas temáticas), você pode - e deve - optar por não ler.

Eu confesso que a lista me assustou um pouco, mas acredito que em uma sociedade prontíssima para te cancelar você precisa estar mais do que preparado antes de abordar quaisquer temáticas sensíveis. Então, não deixe a lista de assustar, porque a história é mais leve do que ela faz parecer. Mas, ainda sim, leve-a a sério.

O mundo fantástico criado pela Helena é cheio de magia, mistérios e beleza. A história narra não apenas os conflitos da personagem principal, mas de secundários, aprofundando os temas. Inclusive, eu daria tudo para ler um conto sobre o Cailebe! Que personagem incrível! Alô, Helena Lopes, nunca te pedi nada!

A Crisálida Dourada tem tudo que uma romantasia boa deveria ter. Conflitos, guerra, romances proibidos, uma sociedade opressora, violência política e abuso de poder. Há um foco muito maior no romance do que em outros temas, mas ainda sim são abordados pela Helena.

Tem tudo o que eu adoro ler, inclusive, então é fácil entender o porquê eu virei fã de carteririnha dessa história, né?

Uma das poucas coisas que senti falta na história foram de animais fantásticos - no mundo de A Crisálida Dourada não há dragões, unicórnios ou quaisquer outros seres senão os monstros que devem ser combatidos. Mas essa é uma preferência minha, eu sempre gostei muito de histórias com bichos de uma forma geral.

De qualquer forma, eu indico demais! E nunca mais verei maçãs da mesma forma.

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