Resenha: Verity, de Colleen Hoover
Autor: Colleen Hoover
Editora: Galera
Páginas: 320
Sinopse: Verity Crawford é a autora best-seller por trás de uma série de sucesso. Ela está no auge de sua carreira, aclamada pela crítica e pelo público, no entanto, um súbito e terrível acidente acaba interrompendo suas atividades, deixando-a sem condições de concluir a história... E é nessa complexa circunstância que surge Lowen Ashleigh, uma escritora à beira da falência convidada a escrever, sob um pseudônimo, os três livros restantes da já consolidada série.
Para que consiga entender melhor o processo criativo de Verity com relação aos livros publicados e, ainda, tentar descobrir seus possíveis planos para os próximos, Lowen decide passar alguns dias na casa dos Crawford, imersa no caótico escritório de Verity - e, lá, encontra uma espécie de autobiografia onde a escritora narra os fatos acontecidos desde o dia em que conhece Jeremy, seu marido, até os instantes imediatamente anteriores a seu acidente - incluindo sua perspectiva sobre as tragédias ocorridas às filhas do casal.
Quanto mais o tempo passa, mais Lowen se percebe envolvida em uma confusa rede de mentiras e segredos, e, lentamente, adquire sua própria posição no jogo psicológico que rodeia aquela casa. Emocional e fisicamente atraída por Jeremy, ela precisa decidir: expor uma versão que nem ele conhece sobre a própria esposa ou manter o sigilo dos escritos de Verity?
Em Verity , Colleen Hoover se afasta do estilo que a consagrou, os romances, para se aventurar em um suspense psicológico que deixou todo o mercado editorial sem palavras de tão avassalador. Através de uma narrativa perturbadora e chocante, Verity explora o lado mais sombrio das relações humanas deixando uma surpresinha chocante no final.
Resenha
Demorei bastante tempo para começar a leitura de Verity, muito por conta da repercussão que o livro teve desde o seu lançamento. Ele é um daqueles títulos que dividem opiniões: há quem ame e quem odeie. Por isso, eu não sabia bem o que esperar, mesmo tendo lido outros livros da Colleen.
Li a edição de colecionador, e logo na contracapa há uma frase que me chamou atenção: "Um casal apaixonado, uma intrusa, três mentes doentias". Essa frase resume perfeitamente o enredo do livro e já antecipa o clima da narrativa.
Dito isso, eu já posso me adiantar e dizer que Verity é um livro bom, porque entregou exatamente o que prometeu - e é isso que livros bons devem fazer. Não agradar todos os leitores, mas entregar o que promete.
A história gira em torno desses três personagens centrais e carrega o leitor em uma trama cheia de desconfiança, manipulação emocional e suspense (Cá entre nós? Uma delícia).
Sou fã da escrita da Colleen Hoover, e já tinha lido outros romances bastante dramáticos dela. Verity, no entanto, tem uma pegada bem diferente. É claramente um suspense, e confesso que gostei bastante da autora nesse estilo de história.
A escrita continua leve, fluida e extremamente envolvente. Comecei a leitura no meio da tarde e terminei ainda naquela mesma noite. Colleen tem esse talento de nos conduzir pela história sem esforço algum. Não senti a mesma densidade no suspense como costumo encontrar em autoras como Karin Slaughter, mas Verity ainda assim conseguiu me prender do início ao fim.
O que me conquistou foi o fato de que o livro me fez sentir. Tive antipatias por alguns personagens, desconfiança em relação a outros, me vi refletindo sobre as ações deles mesmo depois de fechar o livro. E, para mim, isso já é um ótimo indicativo de que a leitura valeu a pena. Quando uma obra desperta emoções, sejam elas positivas ou negativas, é porque ela conseguiu cumprir seu papel: impactar.
Terminei Verity com vontade de explorar outros livros da Colleen nesse mesmo estilo. Foi uma surpresa muito positiva e, apesar do receio que senti antes de começar, agora tô feliz por finalmente ter dado uma chance à essa leitura.
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