Resenha: O Duque e Eu, Os Bridgertons 1, Julia Quinn

 Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.
Título: O Duque e Eu
Autor: Julia Quinn
Tamanho: 288 páginas
Editora: Arqueiro

Oii gente tudo bom?
Divertido, apaixonante, envolvente... São os três dos milhares e melhores elogios que consegui pensar para o livro O Duque e Eu, publicado aqui no Brasil pela Editora Arqueiro.
Se passa por volta de 1800 e algo, quando a sociedade ainda tinha aqueles costumes culturais de famílias ricas e famílias pobres, linhagem, descendência, herança, e todos os outros fatores desse tempo. Eu particularmente adoro histórias que acontecem por esses anos, mas não sei bem o porquê. Essa época apenas me fascina.
"Simon não tinha certeza do momento em que soube que iria beijá-la. Provavelmente foi algo que ele nunca soube, mas apenas sentiu. Até aquele último minuto, havia conseguido convencer a si mesmo de que a estava levando para trás da cerca viva a fim de repreendê-la, censurá-la pelo comportamento descuidado que colocaria os dois em apuros."
Finalizei a leitura do livro em poucas horas de tão absurdamente bem escrito ele é. Julia Quinn está de parabéns grandiosos por sua habilidade. Consegue ser imensamente engraçado e muito cômico, personagens tão únicos e tão reais que é possível acreditar que essa história foi vivenciada e então escrita.
Mas vamos ao que interessa: ao livro e à história. Bem, o primeiro livro, O Duque e Eu, foca em uma das irmãs Bridgertons (São oito, todos nomeados de acordo com as letras do alfabeto (Anthony, Benedict, Colin, Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth)), a Daphne, e o duque, filho de um conde falecido com quem teve muitos problemas na infância.
"Deu um pequeno puxão na ponta de cada dedo e então, devagar, tirou a luva da mão de Daphne. O gesto foi descaradamente erótico, uma versão abreviada do que ele queria fazer: remover cada peça de roupa do corpo dela."
Em resumo, o duque só começou a falar com quatro anos, e era gago. O pai era um homem sem coração, que, após suas diversas filhas, quando a esposa finalmente conseguira lhe dar um filho, ele lhe veio gago. A esposa morreu no parto, de hemorragia, enquanto o orgulhoso Conde Hastings exibia à população o seu filho. Não havia amor algum entre o conde e a esposa, muito ao contrário da família da jovem Daphne.
Amargurado com tamanho ódio vindo do pai, Simon (o duque) cresceu tentando superar suas expectativas, apenas para vencê-lo, para sentir-se vitorioso diante do pai. Mesmo depois que o pai faleceu e ele teve de assumir a família e virar Conde, ele ainda tinha raiva do pai.
"A menos que estivesse apaixonada por ele. Será que desistiria do sonho de ter uma família porque o amava?"
O método de vingança que resolve usar é muito simples: exatamente o que o pai julgaria que ele faria. Ele não iria se casar, e a família, o sangue Hastings, morreria com ele. Desde sempre, ele cresceu com a mesma ideia na cabeça: não casar-se, não ter filhos, e finalmente vencer o pai.
No entanto, conhecendo Daphne, donzela que almeja se casar e ter filhos, formar uma família grande e feliz assim como a que ela cresceu, ele acaba por apaixonar-se por ela e tem de lidar com os problemas de seu passado. Ele vai abrir mão de seu ódio pelo pai morto e realizar os desejos de Daphne, ou continuará só e deixará a jovem iludida?
Super indico esse romance para todos que gostam de livros de época ou para quem quer ler algo mais leve!


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