Resenha: Coronel Mostarda com o Castiçal na Biblioteca, de Juliana Giacobelli
Autor: Juliana Giacobelli
Editora: Independente
Páginas: 121
Sinopse: Uma partida de Detetive.
Dois corações em jogo.
Quando conheceu Davi, no corredor da escola aos oito anos de idade, Vicente não imaginava que o garoto selvagem que sempre sorria demais acabaria se tornando seu melhor amigo. Diferentes até o último fio de cabelo, Vicente imaginava menos ainda que, ao longo dos dez anos seguintes, acabaria se apaixonando por ele.
Agora, em um fim de semana no sítio dos tios de Davi, só alguns dias depois da formatura do Ensino Médio, uma partida de Detetive em que vale quase tudo é o que separa a história nebulosa dos dois de um futuro incerto. Tantos anos resumidos a uma única noite.
Entre lembranças de joelhos ralados, desafios e filmes de terror, até onde as linhas borradas de uma amizade podem ir? Entre dados, cartas e palpites, quem vence o jogo?
Intercalando passado e presente, Coronel mostarda com o castiçal na biblioteca é um conto sobre uma partida de Detetive ligeiramente caótica, irmãos gêmeos irritantes e vacas potencialmente assassinas. É um conto sobre descobrimento, sobre dez anos de história entre dois garotos e sobre o tormento de ser apaixonado pelo seu melhor amigo — mas é também sobre a determinação de seguir jogando, até o último palpite, mesmo quando tudo parece perdido.
Resenha
Se tu tá procurando um romance leve, divertido e simplesmente impossível de largar, pois aqui está ele. Sério! Coronel Mostarda com o Castiçal na Biblioteca é uma verdadeira obra de arte.
E não sou só eu dizendo, tá? A Juliana Giacobelli levou o Prêmio Amazon de Literatura Jovem com essa história, e depois de ler, é fácil entender o porquê.
O livro intercala passado e presente de um jeito fluido, a narrativa nos coloca dentro da cabeça do Vicente, o nosso personagem narrador, e somos capazes de sentir cada dúvida, cada suspiro, cada gay panic como se fosse com a gente. É incrível!
A amizade dos dois é o tipo de relação que a gente torce, grita, surta e quer socar os dois personagens por não se declarar um para o outro de uma vez por todas.
Não tem cena hot, é um romance de descobrimento, borboletas no estômago e aquele desespero silencioso de quem ama o melhor amigo e morre de medo de estragar tudo (alô, pessoal queer, se identificaram aqui? eu sim!). É um romance água com açúcar escrito com perfeição, daqueles que deixam o coração quentinho e o sorrisinho bobo na cara.
E eu confesso que essa narrativa que mistura passado e presente conforme o cômodo do jogo Detetive me deixou em êxtase. Foi super criativo da parte da Juliana, foi genial! Eu amei muito!
Leitura perfeita, com aquela vibe de sessão da tarde, pra ler num sábado chuvoso e lembrar que o amor sempre persiste. Indico demais!!
0 comentários