Atelophobia: Destinos Entrelaçados, de Tom Martins

Nome: Atelophobia: Destinos Entrelaçados

Autor: Tom Martins 

Editora: Flyve

Páginas: 518

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Sinopse: Para todos os padrões possíveis – ideal, realista, estatístico, moral, cármico e até astrológico – Sam e Hendrick não tinham a menor chance de dar certo juntos. Mas e se desafiar as expectativas fizer parte da magia?

Os dois se conhecem, compartilham vivências e, inesperadamente, um sentimento começa a surgir. Esta não é apenas uma história sobre o amor, mas o amor está entrelaçado nela… o tempo todo.

Dois mundos. Duas realidades opostas. Sam é tranquilo, apaixonado pelos clássicos de Shakespeare e pelas quadras de tênis. Hendrick é a própria liberdade e ousadia, alguém que parece nunca ter seguido uma regra. Quando o destino os une, Sam é arrancado de sua zona de conforto e das pressões familiares – e mal consegue acreditar que alguém tão vibrante quanto Hendrick poderia realmente querer ser seu amigo… ou talvez algo mais.

DESTINOS ENTRELAÇADOS é o primeiro volume da série ATELOPHOBIA, uma história de autodescoberta e aceitação, que mostra como o amor transcende as diferenças e desmorona preconceitos.

Resenha

Atelophobia é um dos livros sobre a descoberta da sexualidade mais lindos que eu já vi.

O Tom descreve todo o processo do personagem-narrador de uma forma muito sensível e leve, mais do que em qualquer outra narrativa que eu já tenha lido. Porque, de fato, é algo que não precisa ser árduo, não precisa ser violento. Pode ser um momento complicado, repleto de dúvidas e de anseios, é óbvio, mas não precisa ser o fim do mundo.

E a forma como Samuel tenta entender a si mesmo, compreender o seu "lugar" na sociedade e se aceitar enquanto lida com sua primeira paixão, sua família religiosa e seus amigos é a melhor possível: com música e bom humor.

E é muito - muito mesmo - nostálgico acompanhar Samuel se descobrindo um menino gay. Todos aqueles receios, como "ele nunca vai gostar de mim", "como vou contar aos meus pais?", "e se ela não quiser mais ser minha amiga?", gente! É tudo tão real, tão natural!

Além de todo o drama adolescente envolvendo a sexualidade do Sam, também temos os surtos da paixonite jovem: "ele tá olhando pra mim!", "nossas mãos se encostaram!", "ele me deu um trevo!" hahahahaha eu juro, é nostálgico demais.

Eu tive o prazer de reviver uma das melhores - e piores, mas faz parte do aprendizado - fases da minha vida enquanto lia Atelophobia. Me apaixonei por Hendrick junto com Sam e senti todos (TODOS) os surtinhos que a Isadora daria quando era mais nova. E foi uma experiência maravilhosa.

É justamente por Atelophobia ter sido escrito e desenvolvido com tanto amor que eu afirmo, com certeza, que é um livro essencial para toda comunidade queer.

É lindo. Lindo demais. 

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