Resenha: Meu Refúgio Selênico, de Layra Magalhães
Nome: Meu Refúgio Selênico
Autor: Layra Magalhães
Editora: Independente
Páginas: 631
Sinopse: Entre risos inocentes e sonhos de infância, Rafael Coelho e Ártemis Yuko descobriram a magia do primeiro amor, uma conexão pura, tão natural quanto o encontro do Sol e da Lua. Mas antes que pudessem compreender o que realmente significavam um para o outro, a vida os separou, causando más interpretações após tantas promessas compartilhadas.
Quinze anos depois, sob a mesma Lua cheia que um dia testemunhou suas juras, o destino lhes oferece uma nova chance. Em meio a cicatrizes do passado e ao peso da ausência, eles precisarão redescobrir se o brilho que um dia os uniu ainda é forte o suficiente para iluminar o caminho de volta.
Uma história sobre amor, superação e a certeza de que algumas almas foram feitas para se reencontrar, não importa quanto tempo passe ou quantas vezes o universo as afaste.
Resenha
Eu tive o privilégio de ser uma das selecionadas para ler alguns capítulos antecipados e depois resenhar o Meu Refúgio Selênico, um romance gay que aborda muito mais do que a relação amorosa em si.
É uma história bastante longa, são 631 páginas no kindle, e confesso que em alguns momentos eu senti que ela poderia ser um pouco menor. A leitura ficou um tanto cansativa depois dos primeiros capítulos, que são de apresentação aos personagens e ao universo (e que foram escritos com maestria), mas eu provavelmente senti isso por não ser uma grande fã de romances delicadinhos, água com açúcar (e eles são muito, muito fofos um com o outro).
Quando digo que é um livro com gostinho de sorvete bem colorido, é isso o que quero dizer: é um romance fofo, intenso, com muitas declarações em voz alta. Ártemis e Rafael veneram um ao outro o tempo inteiro. Mas claro que não é só isso. A história também aborda o luto, o alcoolismo, relações familiares complicadas, questões de sexualidade e gênero... São vários assuntos aprofundados em meio ao desenrolar do romance dos dois.
E é justamente quando está acontecendo o auge da fofice que a Layra te joga um balde de água fria na cara. O capítulo 22 me arrepiou todinha, com direito a nó na garganta e estômago embrulhado! E dali pra frente, foi só água abaixo... Até tudo se resolver com paciência e muito diálogo. Acho que os personagens da Layra são muito maduros nesse quesito. Apesar dos desentendimentos e conclusões precipitadas, estão sempre prontos para refletir a respeito e compreender o lado dos outros.
A escrita da Layra é extensa e detalhista, o que pode cansar se tu é daquelas pessoas que gosta de sentar e devorar o livro (como eu hahaha), mas também é muito poética. Há toda uma relação do casal principal com o sol e a lua, super romântico.
Se tu é um fã de romances água com açúcar, com uma boa pitada de drama e confusão, é uma leitura que eu certamente te indicaria!
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