Resenha: Nove Plantas do Desejo e a Flor de Estufa, Margot Berwin
"LILA NOVA: 32 anos, redatora de publicidade, divorciada.
RESIDÊNCIA: um conjugado reformado no Lower East Side, em Nova York.
MANTRA PESSOAL: nada de animais de estimação, nada de plantas, nada de gente, nada de problemas.
Mas quando ela conhece David Exley, um charmoso vendedor de plantas, algo muito colorido floresce em sua vida solitária. Das esquinas opressivas de Manhattan às luxuriantes florestas tropicais, Nove plantas do desejo e a flor de estufa é a história de uma mulher que precisa viajar além das fronteiras do senso comum e da chamada "zona de conforto" para encontrar o que realmente quer."
Título: Nove Plantas do Desejo e a Flor de Estufa
Autor: Margot Berwin
Tamanho: 259 páginas
Editora: Intrínseca
Eu não sei se foi o livro ou eu quem não conseguiu entender se tudo o que acontece é devido à
mágica das plantas ou algo que alguém fumou (risos). Às vezes é realista, às vezes, viaja demais, como se fosse um livro de fantasia. Mas não é? Ah, não sei. Minha cabeça está confusa até agora, mas é justamente porque eu não conheço nada sobre plantas ou mitos relacionados a elas, muito menos algo sobre o povo místico do México (ou mesmo de Nova Iorque).
É uma história bela, com um final levemente decepcionante (Depois de tanta loucura você acaba esperando por um fim ainda mais doido), mas com um desenvolvimento surpreendente. Ele foi publicado aqui pela Editora Intrínseca.
"Talvez eu não tivesse nascido para trabalhar em publicidade. Talvez meu destino fosse trabalhar em algo mais romântico. Como negociar plantas tropicais raras."O leitor não consegue parar de ler até descobrir o que vai acontecer porque é tudo muito diferente dos outros livros (ao menos dos que eu já li). É mágico e estranho ao mesmo tempo, coberto de mitos sobre plantas e feitiçarias, o que de longe deixa o livro ruim, apenas faz o leitor querer ler ainda mais.
Lila é uma publicitária que após o divórcio, decide levar a vida o mais comum e, na minha opinião, sem graça, possível. Sem animais, sem plantas, sem pessoas e consequentemente sem problemas. Quando cansa dessa vida, vai atrás de uma plantinha e conhece Exley, o cara que trabalha na floricultura.
"- Acho que eu gostaria de fazer o que todo mundo quer fazer. Viver grandes aventuras, me apaixonar, ficar rica. Nada de especial.- Então por que não faz essas coisas?- Tempo, dinheiro…"
Dias depois, já sabendo um pouco mais sobre plantas, encontra uma na vitrine de uma lavanderia que chama-lhe atenção: uma planta rara. Aproxima-se e entra, conhecendo agora Armand, que conta-lhe sobre as famosas nove plantas.
Envolvida com Exley e cheia de desejo, acaba por contar-lhe que Armand possui as nove plantas e ele invade a lavanderia, roubando todas as nove e inclusive as outras plantas que o pobre homem mantinha ali.
"Era difícil lembrar qualquer outra lavanderia em meio à extravagância de cores e formas em que eu estava."
Sentindo-se obrigada a recuperar as nove plantas, não apenas por Armand, mas por si mesma querer conhecê-las e saber o que são, em outras palavras, motivada pela curiosidade, ela parte de Nova Iorque para uma viagem sem programação e totalmente inesperada para as florestas do México, com Armand.
Lá, ela conhece outro homem que mexe com seu coração, completamente envolto de magia e misticismo que também envolvem aquela população e as nove plantas. Com certeza é um livro sonhador, uma aposta, que foi muito bem sucedida. A escrita é bem calma e tranquila, de modo que a leitura não se torne cansativa, portanto bem fácil de ler. Quando começar a ler esse livro, cuidado: talvez a sua curiosidade vença e você passe mais tempo que o esperado com ele!
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