Resenha: O Cacto, Rene Ruchet

Sabe quando acordamos sem compreender nada da vida? Procuramos diversas respostas, mas nunca encontramos explicações. Pode ser que tudo isso seja enigmático para qualquer ser vivo – principalmente para um simples e pequeno cacto.É complicado entender a lógica do amor ou a razão pela qual nossas escolhas são sempre complexas, levando nossa consciência a um estado de loucuras incompreensíveis e sem volta. A ideia de ter um cacto como seu confidente pode ser o filtro capaz de absorver seus desabafos e frustrações, fazendo sempre do amanhã uma incrível reflexão sobre o que pode ser a vida e o que você escolhe ser.Um cacto sabe como suportar a vida extrema e entender o amor da melhor maneira. Por que não jorrar nossos sentimentos a ele para encontrar nossas próprias respostas?
O Cacto é um dos livros mais agradáveis e tranquilos que já li. Transmite uma paz danada e a leitura é tão fluída que você termina de ler rapidinho.
Eu nunca tinha lido nada que fosse narrado pela visão de um Cacto e acho que isso foi o mais surpreendente e o que mais me atraiu nesse livro. A oportunidade de lê-lo veio de uma parceria com a Editora Louisiana, onde recebi o ebook para ler e resenhar.
"O que acho sobre o amor, Clarinha? Um sentimento que nasce como uma flor no meio de um deserto e se mantém vivo quando é forte. Se a flor morrer, significa que não foi forte o suficiente."
No meio de dezenas de tentativas em entender sentimentos humanos, e principalmente o amor, Cacto se vê preocupado com a vida de Carlos, seu melhor amigo. Sua rotina monótona é chata até a chegada da dona do sorriso mais incrível do mundo: Laura.
Laura rouba o coração do Cacto e do Carlos, mas algumas confusões acontecem e eles acabam perdendo tudo o que conquistaram. Carlos terá que batalhar e pensar positivo se quiser reconquistar a mulher por quem está apaixonado.
"Talvez qualquer ser vivo possa ser considerado um tipo de amor. Seus sonhos, suas lembranças, suas escolhas, seu jeito de se vestir, sua tristeza, suas complicações, borboletas no estômago e até mesmo um pequeno cacto. Tudo na vida é amor, mas ele só se torna mais forte quando você faz o impossível para mantê-lo vivo. Isso não depende de bilhões de pessoas, mas do quanto cada ser vivo se dedica para isso."
É claro que ele conta com a ajuda do Cacto, seu fiel amigo e parceiro. Nos mostra que às vezes só precisamos de um empurrãozinho para tomar as rédeas da nossa vida e assumir as responsabilidades do caminho que decidimos percorrer.
As análises e reflexões que essa plantinha nos traz me fez parar para pensar na minha própria vida, e acho que todos precisamos fazer isso em um momento: parar e pensar. O que precisamos mudar? O que pode continuar exatamente como está? O que queremos mudar? Às vezes acho que precisamos de um cacto.
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