Resenha: A Garota do Lago, de Charlie Donlea
... E LOGO SE ESTABELECE UMA CONEXÃO ÍNTIMA QUANDO UM VIVO CAMINHA NAS MESMAS PEGADAS DOS MORTOS...
E enquanto descobre sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade sobre o que aconteceu com Becca pode ser a chave para superar as marcas sombrias de seu próprio passado.
Um interesse súbito por histórias policiais
Eu confesso que, para mim, é um tanto difícil ler livros com histórias de violência à mulher. Na verdade, acredito que seja um tanto desconfortável para qualquer mulher. Quando leio, minha cabeça automaticamente cria imagens, situações, conforme o escritor guia minha imaginação com suas palavras. É delicado pois, durante a infância, presenciei algumas situações com a minha mãe, e algumas palavras ainda são como gatilhos de um sentimento não totalmente superado.
Dito isto, posso afirmar que meu interesse por histórias policais foi bastante inesperado. Visto que a maioria destes tem pelo menos uma cena de violência com mulheres. Em cenas de suspense que deixam meu estômago embrulhado.
Acredito que o que me faz continuar a leitura é saber que, em algum momento, tudo será resolvido - o responsável será preso e punido. É o que se espera, certo?!
A narrativa perfeita entre investigador e vítima
Charlie intercala os capítulos do livro entre a jornalista que investiga o caso de Becca e ela mesma, o que envolve o leitor de uma maneira muito mais profunda do que uma narração comum que foque apenas na investigação em si. É possível sentir os sonhos de Becca escapando-nos entre os dedos conforme a leitura avança.
A história se desenrola em um ritmo agradável, nem tão calmo nem tão caótico, apesar de ficar insuportável a ideia de parar de ler depois da metade do livro. Você quer devorá-lo do início ao fim.
Indico muito a leitura, principalmente para quem gosta deste estilo! Eu, com certeza, vou procurar mais histórias de Charlie Donlea para ler daqui para frente.
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