Geléia de erva mate, quindim de café e os doces mais gostosos do mundo na Fenadoce em Pelotas
O domingo pós-Fenadoce amanheceu doce e chuvoso. Eu ainda estou comendo o que restou dos quitutes que compramos para a viagem de 4 horas e meia até Pelotas (com algumas paradas para banheiro). Foi uma viagem tranquila, com ruas bem asfaltadas, apesar dos desvios (que são por um bom motivo: estão aumentando a rodovia).
Comi doces e geléias de sabores que achei que sequer existiam, muito menos que eu teria a oportunidade de provar. E fiz questão de provar cada um deles!
Assim que chegamos, estacionamos perto de uma feirinha no centro da cidade, mas tivemos que ir embora porque não conseguimos descobrir como usar o parquímetro. Acredite ou não, era muito difícil usá-lo. Não aceitava cartão, apenas moedas ou pix, e os QRCodes para os aplicativos e pagamento estavam estranhos. No fim, conversamos com uma senhora e um outro senhor que passava, e parece que a raiva do parquímetro é meio geral. Tivemos que ir embora dali sem ver as plantinhas, com medo da multa por estacionar em zona azul sem ter pago.
Com a senhora, muito simpática, descobrimos que a praia do Laranjal estava aberta para visitação. Estávamos com medo de ir até lá depois da enchente e encontrar tudo destruído. Com a confirmação, seguimos em direção à praia, que levou alguns minutos saindo do centro de Pelotas.
Realmente havia uma ponte que invadia a lagoa, destruída. Mas o restante estava reformado ou em reforma - de qualquer jeito, um lugar agradável onde as pessoas iam para tomar chimarrão, passear com o cachorro ou fazer atividade física. Nem sinal do cheiro da água da enchente, que sentimos naqueles dias de desespero.
Cogitamos comer por ali, mas preferimos voltar o caminho em direção ao centro e passar no shopping de Pelotas, que estava bastante movimentado. O shopping deixou ótimas impressões - uma livraria gigantesca, uma praça de alimentação com várias opções - inclusive pizza ao meio dia -, banheiros limpos com ganchinhos para pendurar a bolsa dentro da cabine, e atendentes muito, mas muito solícitos.
Logo na entrada, vimos uma máquina automática de fazer algodão doce chamada Nuvemzinha. Eu queria trazer aqui, mas o meu algodão doce chamado arco-íris acabou saindo inteirinho rosa e branco, bastante diferente do que a máquina havia demonstrado na imagem ao comprar, o que me deixou muito frustrada. Devia estar sem corante ou algo do tipo. Bem, o algodão doce custou 12 reais e não havia atendente nenhum, apenas a máquina mesmo.
Acabamos optando por comer no Giraffas do shopping, e a atendente que nos atendeu foi uma querida. Nos atrapalhamos muito para fazer o pedido, e ela dava risada junto com a gente, parecendo se divertir. Acho que, na verdade, as pessoas só não eram estressadas. Talvez estejamos acostumados demais com o estresse que, quando vemos pessoas felizes, estranhamos?
Possível. Mas podemos contar nos dedos as pessoas que vimos que não foram assim: simpáticas, disponíveis, sorridentes. Um lugar muito agradável de se visitar, de fato. Nossos quatro combos de hamburguer no Giraffas custaram 138 reais e alguns centavos.
Depois do almoço, foi o momento de seguir para a Fenadoce, que era o nosso destino original e o motivo que nos levou até Pelotas. Neste ano, os ingressos estavam custando R$ 20,90 e mais R$ 16,90 de estacionamento. Havia meia entrada para estudantes, idosos, pessoas com deficiência e acompanhantes, etc.
Eu até acabei comprando um ingresso para estudante, mas vimos no dia que minha carteirinha estava vencida e não pude usar. Tive que comprar outro, mas comprei pelo site mesmo - a fila para comprar ingresso na bilheteria estava imensa! Enquanto a fila de entrada para quem comprou pela internet sequer existia. Se você puder comprar pela internet, o faça!
Logo que entramos na feira, nos deparamos com um parque de diversões. Com direito a carrossel, roda gigante e outros brinquedos. Crianças gritavam, pessoas riam, haviam pessoas de todos os lugares, inclusive estrangeiros visitando o evento.
Mais adiante, nos pavilhões, uma feira agropecuária com tendas de mel artesanal, linguiças, cachaças, licores e uma tenda especial com geléias de sabores absurdos! Mas absurdos de um jeito muito, muito bom. Havia geléia de cerveja e de caipirinha de limão, por exemplo, que achei muito gostosas porém com um sabor forte de álcool (apesar de não haver, pois a geleia quando feita é fervida) e não soube com o quê eu misturaria caso comprasse.
Também havia geléia de pinhão (que esqueci de provar), de vinho branco (que eu trouxe pra casa porque era boa demais da conta), de cebola com vinho (que eu tive que levar para o meu pai pois deve ficar esplêndida com carnes), e de erva mate, que comprei por não acreditar que poderia ser tão boa (e minha sogra, uma apaixonada por chimarrão, com certeza iria gostar!).
Fora outros sabores inusitados como bergamota, pêssego com vinho, açaí com morango... E outros mais comuns também, como morango, abacaxi, etc. Seguindo pelo pavilhão entramos no acesso à Fenadoce de fato, com as tendas das lojas e fábricas de doces espalhadas ao redor e no centro do lugar. Todas pareciam meio temáticas, como as construções antigas de Pelotas que vimos no centro.
Ficamos lá por volta de três horas e voltamos para pegar a estrada pouco depois das 16 horas da tarde. Conseguimos ver todas as banquinhas e comprar vários docinhos para levar pra casa. Saímos da Fenadoce com sensação de objetivo cumprido e satisfeitas com nossas compras e com as delícias que provamos.
Durante a volta, eu estava com um episódio de dor de barriga após a comilança do dia - já previsível. O pequeno centro de atendimento ao usuário da Ecosul, 18km após o primeiro pedágio saindo de Pelotas, se mostrou muito bom. Com banheiros limpos, papel higiênico, água e café. Não apenas nós paramos por lá, mas um caminhoneiro também. Aproveitou do toalete e do cafézinho, assim como nós.
A viagem de volta foi tão agradável como a ida, apesar da estrada não ter iluminação até a entrada de Porto Alegre e pegarmos a 116. Acabamos parando mais algumas vezes para o banheiro e chegamos por volta das 20:30h em casa, com vontade de voltar no ano que vem!
Se tiver oportunidade de visitar a Fenadoce, vá! Vá e prove os doces mais diferentes e inesperados, permita-se viver essa experiência com boas companhias e sabores deliciosos!
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