Resenha: A Villa, de Rachel Hawkings

Nome: A Villa

Autor: Rachel Hawkings 

Editora: Record

Páginas: 299

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Sinopse: Duas escritoras passam um verão numa maravilhosa villa italiana. Um assassinato ocorrido décadas antes na casa volta para assombrá-las. A villa é um verdadeiro suspense gótico da autora best-seller Rachel Hawkins.

Quando jovens, Emily e Chess eram inseparáveis. Porém, agora, aos trinta e poucos anos, a conexão entre as duas se perdeu quase por completo. Mas uma coisa ainda as une: a escrita. Emily é autora da série de relativo sucesso da detetive Petal Bloom, e Chess é uma tremenda best-seller, guru de autoajuda para mulheres.

Por isso, quando Chess sugere que elas passem um tempo em uma villa italiana, Emily logo aceita a proposta, aproveitando a oportunidade para se reconectar com a melhor amiga e quem sabe retomar um plano do passado de escreverem um livro juntas.

A villa Aestas, no vilarejo de Orvieto, é um destino de férias exclusivo atualmente, mas, em 1974, ainda não era tão famosa, quando era conhecida como villa Rosato. No verão daquele ano, a villa recebeu um famoso hóspede: o astro do rock Noel Gordon, que, numa tentativa de inspirar sua veia criativa, convidou o músico em ascensão Pierce Sheldon, a namorada de Pierce, Mari, e a meia-irmã dela, Lara, para passar a estação inteira na Itália com ele. Entretanto, sem saber, ele deu início a uma série de eventos que levou Mari a escrever um dos mais importantes livros de terror de todos os tempos, Lara a compor de um dos álbuns de folk-rock mais famosos do século XX... e a um assassinato brutal.

Conforme Emily se envolve cada vez mais na complexa história da villa, ela passa a acreditar que há detalhes omitidos nos eventos do fatídico verão de 1974, que talvez o assassinato de Pierce não seja só uma aventura envolvendo sexo, drogas e rock'n'roll que deu errado, mas que algo muito mais sinistro ocorreu — e que talvez haja pistas escondidas nas agora icônicas obras deixadas por Mari e Lara.

Quanto mais perto Emily chega da verdade, mais aumenta a tensão entre ela e Chess. E, quando segredos obscuros do passado vêm à tona, traições imperdoáveis do presente vêm à luz, e, antes que o verão acabe, a villa parece querer reivindicar mais uma vida.

Inspirado em Fleetwood Mac, nos assassinatos da "família" Manson e no infame verão que Percy e Mary Shelley passaram com Lord Byron no Château de Chillon — onde nasceu a ideia de Frankenstein —, A villa é um convite a um legado fatal.

Resenha

Eu li A Villa em um domingo preguiçoso onde perdi o sono às 6 da manhã. Levantei, fiz um chá de jasmin com mel e pensei: por que não ler o livro que está me chamando na estante a semana inteira? E foi o que fiz. Mas eu confesso que não achei que ficaria tão envovlida ao ponto de almoçar perto das 14h e voltar a ler até terminar, por volta das 16h. E cá estou para trazer todas as impressões da leitura.

É o meu primeiro contato com a escrita de Rachel Hawkings e posso dizer que adorei a forma como ela aborda a história. A narrativa é ficcional, mas pode muito bem não ser, porque Rachel consegue incluir elementos reais que a deixam muito perto da realidade. Há entrevistas, publicações em revistas e jornais, convites para eventos... Não em uma quantidade irritante, mas eventualmente, apenas para reforçar que aquela loucura que aconteceu pode ser real. Só para mexer com o leitor, sabe?

Bom, deu certo. Fiquei "mexida".

A história tem dois pontos de vista principais, no passado e no presente, e Rachel fica alternando entre elas para contar ao leitor o que aconteceu e o que está acontecendo. Enquanto Emily descobre a verdade sobre a tragédia, nós nos sentimos cada vez mais ansiosos para saber o que acontece a seguir. Eu gosto muito quando o escritor traz pontos de vista do passado e de como as peças vão se encaixando nos pontos de vista do presente, então sou suspeita, mas achei que Rachel fez isso muito bem.

E ela consegue ser bastante criativa e muito surpreendente. Mesmo depois que o leitor acha que acabou, que as coisas se resolveram, não há mais pingos a serem colocados nos i's - acontece! Boom.

É, acho que esse foi um spoiler saudável que vai te deixar com vontade de ler.

Eu só fico triste porque, pelo que vi, A Villa foi o primeiro - e único, até então - livro dela traduzido para o português. Fiquei curiosa para ler mais thrillers escritos por ela. 

Apesar de fazer referência à Mary Shelley e parecer bastante aterrorizante, eu achei a narrativa bastante tranquila. Não me senti angustiada, não há abusos envolvidos - não sexualmente explícitos - e as cenas de violência não agonizam o leitor. Eu consideraria um livro de suspense leve, apesar de tratar de alguns assuntos mais complicados, é o que promete: sexo, drogas e rock'n'roll.

Se tu achou interessante pela resenha ou pela sinopse, acho que deve dar uma chance ao livro.

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