Resenha: Rei de Sangue, de D. B. Iendrick

Nome: Rei de Sangue

Autor: D. B. Iendrick  

Publicação: Independente

Páginas: 384

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Sinopse: Aos 19 anos, Akhil Qallaghan é o último qon puro - uma raça quase extinta de olhos e cabelos vermelhos como sangue. Preferindo livros a espadas, Akhil luta contra as expectativas de um reino que o teme. Quando conspirações ameaçam seu trono, Akhil precisa escolher: aceitar sua natureza qon ou perder tudo que ama. Entre traições políticas, alianças frágeis e um romance inesperado, o jovem rei descobrirá que governar pode custar mais que sua humanidade. 

Resenha

Como eu vinha lendo muitos livros leves com a temática LGBT+, achei que esse seria mais um com a mesma vibe. Muito foco no romance, pouco no restante, apenas mais uma romantasia aquileana... Bom, eu não podia estar mais enganada.

Na verdade, eu diria que o romance está quase em segundo plano. Há muito mais acontecendo, há muito mais sendo entregue pelo escritor: o mundo, totalmente novo, com regiões muito bem desenvolvidas, cada uma com seus costumes, crenças e cultura. A guerra, a manipulação política, traições e mentiras de onde menos se espera. As criações originais, como os próprios qon, ou o povo da montanha que tem uma relação íntima e interessantíssima com seus pássaros... A narrativa tem muitos tesouros escondidos e vai muito além de um romance proibido.

É claro que todo o sentimento entre Akhil e seu soldado traz um tempero muito especial para essa fantasia épica, mas não é o centro da narrativa. 

Tanto que, assim que terminei de ler - e li em três dias - eu disse ao Iendrick que ele deveria fazer mais livros. Eu não me apaixonei apenas pelo Akhil, mas pelo universo - quero saber sobre a cultura e a magia do povo do deserto, sobre a relação do povo das montanhas com os pássaros, sobre as mulheres guerreiras das ilhas... E o que tem depois do horizonte? Quando o mapa acaba? O que será que me espera depois do deserto?

Quero saber tudo, porque o universo que ele criou conquista o leitor neste nível.

Fantasia épica bem desenvolvida, bem escrita, muito bem preparada e diagramada. É uma produção totalmente independente mas, se você acha que será um livro meia boca, vai acabar por morder a língua. Ele recebeu muito mais carinho (na diagramação, nas ilustrações, na preparação) do que muitos livros internacionais famosíssimos publicados por editoras. Definitivamente vale cada centavo!

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1 comentários

  1. Eu acabei de receber o meu livro de Rei de Sangue e o livro é belíssimo mesmo, alta qualidade. E se eu já estava ansiosa pra ler, agora estou mais ainda! Obrigada pela resenha!
    Posso fazer uma sugestão de leitura pra vc, já que vc disse ter gostado do fato do livro ser um romance aquileano voltado mais para as questões politicas e internas dos personagens e o romance ter ficado mais em segundo plano? Se chama O Oásis de Heorus, do autor Rurik Kirur (mesmo nome nas redes sociais). O livro é uma "dramantasia" de primeiríssima qualidade. Foi a minha leitura favorita do ano.

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