Resenha: Inocência Marcada, Roxanne Countryman
Depois de passar anos trabalhando numa profissão arriscada, Ken Caulder finalmente retornou ao rancho de sua família, decidido a levar uma vida sem sobressaltos. Mas seus planos de paz e tranqüilidade foram abalados quando seu pai o convenceu a ajudar a linda jovem que morava no rancho vizinho a proteger-se contra um inimigo que pretendia se apossar das terras que o pai dela havia deixado. Habituado a enfrentar situações de perigo, Ken era o homem certo para assumir a incumbência de proteger a solitária e indefesa Shelby Raines. Porém, Ken precisaria de muito mais que habilidade, argúcia e experiência quando chegasse o momento de proteger seu próprio coração do irresistível feitiço daquela jovem encantadora e inocente...
Esse foi o primeiro romance que li dos livros antigos da Harlequin, que retratam romances quentes, com histórias surpreendentes. Bom, antes de eu lê-lo, eu não sabia dessa segunda característica.
Inocência Marcada foi escrita com leveza, delicadeza e paixão. Você consegue sentir a emoção dos personagens e a dedicação da autora para entregar um bom texto. É extremamente fácil de ler e levei apenas uma tarde para finalizá-lo. Agora, o que eu realmente quero abordar aqui é o elemento surpresa.
Em nenhum momento é citado na sinopse ou em outra parte do livro que a personagem principal é cega. Essa peculiaridade da personagem não foi usada para vender o livro, para ganhar mais fama ou para atrair pessoas (o que me admira!), apenas existe. A cegueira da menina é tratada com a maior naturalidade na história, e, ao contrário do você pode estar imaginando, não torna uma personagem fraca ou indefesa.
É aí que você se surpreende mais uma vez! Shelby é uma mulher independente que pode muito bem se virar sozinha com tarefas de casa e até se proteger de vez em quando... Mas eu não vou abordar muito esse lado, você vai ter que ler para conhecer. Tenho certeza de que esse lado corajoso dela foi resultado da educação que o pai lhe dera, como podemos ver neste trecho:
Quando era criança, o pai a forçava a fazer as tarefas de casa e cuidar de si mesma. Nunca brincara no adro da igreja com as outras crianças. Mas Shelby conseguia distrair-se em meio aos seus afazeres. Como, por exemplo, contar quantos pedaços de madeira colocaria na lareira, dar nome às galinhas. Sua maior alegria tinha sido quando Ed lhe fizera um balanço em uma das macieiras. Quando o vento soprava pelos seus cabelos e face, sentia-se livre e selvagem.
O par romântico da história é Ken Caulder, um Texas Ranger que, no livro, acabaram traduzindo como se ele fosse do exército. (Texas Rangers, também conhecidos como "Los Diablos Tejanos" ou "Texan Devils", foi uma agência investigativa de aplicação da lei dos EUA com jurisdição em todo o estado do Texas, com sede na capital Austin.)
Ken estava voltando de suas tarefas (e fugindo delas, pois não quer que ninguém o reconheça como um membro dos Texas Rangers, já que isso pode lhe trazer muitos problemas).
Agora, após tantos anos, estava ali. Não haveria mais comida fria de acampamento, refeições de restaurante com gosto de serragem ou quartos sujos de hotel. Nunca lamentaria o tempo que passara com os soldados na floresta. Na realidade, desejou saber se não sentiria falta dos dias em que saía à caça de perigosos bandidos. Duvidou que iria sentir. A única preocupação que o afligia no momento era o perigo que sua família corria se algum dos sujeitos que ele ajudara a prender descobrisse sua verdadeira identidade. E como agente secreto, enviara muitos desses marginais à prisão.Após um incidente na fazenda onde Shelby morava com o pai, Ken e a família se vêem obrigados a dar apoio à jovem, e então a história de romance deles tem início.
Então, pôde ver o corpo de Ed estendido em meio a uma poça de sangue. Os olhos vidrados e sem vida miravam o teto. Um movimento à esquerda chamou-lhe a atenção. De imediato engatilhou a arma e apontou. Shelby!
Como todo romance de velho oeste deveria ser, Inocência Marcada é recheada de emoções: tiroteios, bandidos, cavalos e poeira. E, é claro, um casal com muita química pra apimentar as coisas!
Será esse o culpado por eu ter me apaixonado pelos livros antigos da Harlequin?
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