Resenha: A Paciente Silenciosa, de Alex Michaelides

Nome: A Paciente Silenciosa

Autor: Alex Michaelides

Editora: Record

Páginas: 364

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Sinopse: Alicia Berenson tinha uma vida perfeita. Ela era uma pintora famosa casada com um fotógrafo bem-sucedido e morava numa área nobre de Londres que dá para o parque de Hampstead Heath. Certa noite, Gabriel, seu marido, voltou tarde para casa depois de um ensaio para a Vogue , e de repente a vida de Alicia mudou completamente...

Alicia tinha 33 anos quando deu cinco tiros no rosto do marido, e ela nunca mais disse uma palavra.

A recusa de Alicia a falar ou a dar qualquer explicação transforma essa tragédia doméstica em algo muito maior - um mistério que atrai a atenção do público e aumenta ainda mais a fama da pintora. Entretanto, enquanto seus quadros passam a ser mais valorizados que nunca, ela é levada para o Grove, um hospital psiquiátrico judiciário na zona norte de Londres.

Enquanto isso, Theo Faber é um psicoterapeuta forense que espera há muito tempo por uma oportunidade de trabalhar com Alicia. Ele tem certeza de que é a pessoa certa para lidar com o caso. No entanto, sua determinação para fazê-la falar e desvendar o mistério de por que ela atirou no marido o arrasta para um caminho tortuoso que sugere que as raízes do silêncio de Alicia são muito mais profundas do que ele jamais poderia imaginar.

Porém, se ela falar, ele será capaz de ouvir a verdade?

A paciente silenciosa é thrillers psicológico impactante, com um mistério envolvente com um final eletrizante que faz o leitor questionar tudo que acabou de ler.

Resenha

Quando eu ouvi algumas pessoas falando que esse livro as fez de trouxas, eu ri. Não porque não acreditei, mas porque achei engraçado. Geralmente somos feitos de trouxa por outras pessoas, quando somos traídos ou alguma coisa nesse nível - não por uma história.

Pois mordi a língua! "Trouxa" é a palavra que define perfeitamente a sensação que fiquei ao terminar. Quando eu achei que tinha entendido alguma coisa, tinha entendido é nada! É como dizia o cantor Compadre Washington da banda É o Tchan: Sabe de nada, inocente!

Uma leitura ótima. No início, é parada, sem graça e entediante. Confesso que não havia necessidade de prolongar tanto a história de Alicia ou do terapeuta Theo. Eu entendo que é importante para gerar a conexão do leitor com os personagens mas... Credo. Devem ser umas cinquenta páginas de ambientação e narrativa entendiantes.

Eu quase desisti da leitura por causa dessa delonga, mas recentemente eu tinha tido essa mesma experiência com Flores Partidas de Karin Slaughter e não me arrependi de continuar. Pois aconteceu de novo. Não me arrependi.

Fico me perguntando se os autore aumentam propositalmente a quantidade de páginas dos livros para eles parecerem mais densos, mais complexos, mais bonitos ou melhores. Mas confesso que não acredito na minha própria teoria.

"O objetivo da terapia não é corrigir o passado, mas permitir que o paciente enfrente sua própria história e sofra por ela"


De qualquer forma, é uma leitura intrigante. Não é tão pesada quanto o Flores Partidas, que comentei aqui, nem tão emocionante. Achei mais surpreendente do que o suspense de Karin, mas também menos angustiante. Eu consegui ler de cabo a rabo sem precisar parar para repirar (e eu também queria finalizá-lo logo para entender o que diabos tinha acontecido com a voz de Alicia).

Eu estou comparando com Flores Partidas porque acredito que A Paciente Silenciosa deveria ser um suspense, mas não tenho certeza se é. Eu não me senti angustiada ou tensa, apesar de algumas cenas serem dignas de um bom suspense. É mais como uma angústia por saber o final. Talvez seja mais parecido com um livro policial do que com suspense.

Bom, como uma apaixonada por psicologia, me vi intrigada em vários momentos pela narrativa do ponto de vista do Theo. O escritor pode ser formado em literatura, mas com certeza fez seu tema de casa bem feito, porque todas as menções à saúde mental foram bem feitas.

Acho que você deve dar uma chance a essa história. Ela pode não te prender no início, mas é impossível parar depois da metade.

"Sabe, uma das coisas mais difíceis de admitir é que não fomos amados quando mais precisávamos. É uma sensação terrível, a dor de não ser amado."

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2 comentários

  1. Eu fiquei perplexa com o desfecho do livro A paciente silenciosa. Nada do que eu li da história me preparou para este final. A sensação é que o autor criou primeiro o desfecho e depois o enredo. Vale muito a leitura.

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    1. Sim! Bem isso. Ele já tinha total noção do fim que queria antes de desenrolar a história.

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